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Nintendo3DS vs Sony NPG

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Agora é oficial: a nova geração de consoles chegou. Ok, de maneira pequena ainda – ou de bolso, se preferir –, mas a verdade é que o tão aguardado futuro dos video games está apenas a alguns meses de nós. Agora que Nintendo e Sony anunciaram seus próximos portáteis, também temos a certeza de que uma guerra por essa fatia do mercado será novamente travada.
De um lado, temos o revolucionário 3DS, o primeiro aparelho eletrônico a oferecer a experiência do efeito tridimensional sem exigir óculos especiais para isso. Em suma, o console terá um visual bastante semelhante aos de seus antecessores, com a diferença de agora possuir um controle analógico e várias melhorias em seu sistema operacional.

Já o “Next Generation Portable” (ou simplesmente NGP) apresenta configurações extremamente potentes e inovações capazes de fazer até mesmo o gamer mais entusiasta ficar boquiaberto. Praticamente tudo no PSP2 esbanja tecnologia, desde a tela OLED aos incríveis gráficos que, segundo quem conferiu o evento da Sony na última semana, são capazes de até mesmo rivalizarem com o PlayStation 3.
No meio desses dois titãs, estamos nós, os jogadores. Como todos sabemos que ambos os portáteis chegarão ao consumidor a um preço um tanto quanto salgado, é preciso colocá-los em uma balança e definir qual será o escolhido quando forem lançados em terras tupiniquins.

É claro que a decisão é algo completamente subjetiva e varia de acordo com as preferências de cada pessoa, mas isso não impede que uma análise mais completa de cada console seja feita para dar aquela ajuda aos indecisos. O Baixaki Jogos, como não poderia deixar de ser, preparou um pequeno apanhado de informações das duas plataformas para compará-los.
Por outro lado, isso não significa que a nova geração deve iniciar em guerra, como infelizmente se vê nos sistemas atuais. Como você já deve ter percebido, cada portátil possui características únicas e que os tornam voltados a públicos diferenciados. Portanto, se você já escolheu o seu, respeite a opção de quem pensa diferente.
 
Parte técnicaNovas tecnologias para atrair novos – e velhos – públicos

Se você é um jogador antenado, certamente já deve ter visto as configurações do Nintendo 3DS e do NGP. Também pudera, afinal as particularidades de cada aparelho são incrivelmente chamativas a ponto de fazer com que até mesmo veículos não especializados se interessassem com as possibilidades oferecidas.

Neste quesito, ninguém tem do que reclamar. Tanto Sony quanto Nintendo conseguiram apresentar em seus aparelhos tecnologias inovadoras o suficiente para conquistar públicos que antes não se interessavam por um console de bolso. E é aí que está o grande destaque dessa nova geração.
No caso da “Big N”, por exemplo, o efeito tridimensional adicionado é o grande atrativo. Embora poucas pessoas tenham tido a oportunidade de conferir como a novidade funciona na prática, já sabemos que o uso do 3DS está sendo muito bem aplicado nos títulos até então divulgados.
Confira algumas das especificações do aparelho da Nintendo:

  • Tamanho: 13,4 x 7,4 x 2,1 mm (largura/altura/espessura)
  • Câmeras: uma interna em 2D e duas externas 3D, sendo todas de 0,3 megapixels
  • Tela: a tela superior é que possui o 3D e apresenta 3,3 polegadas a uma resolução de 800 x 240 (sendo 400 x 400 para cada olho). Já o visor inferior é touchscreen, tem 3,02 polegadas e resolução de 320 x 240;
  • Bateria: 3 a 5 horas;
  • Controladores: direcional básico (D-pad), um comando analógico;
  • Sensores: acelerômetro e giroscópio, ambos de três eixos;
  • Conectividade: Wi-Fi 802.11b/g
  • Gráficos: PICA200
Com exceção da placa gráfica – que apresentou ótimos resultados nas demonstrações até agora –, não há grandes novidades técnicas, principalmente por informações como processador e memória não terem sido divulgadas. O acelerômetro e o giroscópio são ótimas inserções, mas nada revolucionário, já que celulares já possuem esses recursos há algum tempo.
Porém, isso não significa que o novo portátil será um fracasso, pois estamos acostumados a ver a “Big N” apresentar um aparelho com um hardware menos potente que a concorrência, mas com alguma tecnologia diferenciada e se destacar com isso.
Para o Nintendo 3DS, isso deve acontecer na forma com que as desenvolvedoras vão trabalhar com todos esses elementos em conjunto. Pense em como deve ser um jogo que você controla a partir dos sensores de movimento e, ao mesmo tempo, utiliza o 3D para tornar a experiência mais real. São experiências assim que a Nintendo quer explorar nessa geração.
Contudo, os estúdios terão de tomar muito cuidado com a intensidade que essa imersão vai proporcionar durante a jogatina. Como a tridimensionalidade surge a partir do efeito de paralaxe da tela superior, é obrigatório que os olhos do jogador fiquem posicionados paralelamente ao visor para que a profundidade seja mantida.

Se algum game utilizar o acelerômetro ou o giroscópio e fizer com o que portátil mude drasticamente de posição, o jogador certamente vai perceber um defeito na imagem. Para evitar situações assim, as desenvolvedoras precisarão pensar em formas de fazer com que os gamers acompanhem esse movimento quando ele for necessário.
Já para o lado da Sony
As novidades da Sony na última semana foram um prato cheio aos jogadores mais hardcores. O aguardado anúncio do “Next Generation Portable” chamou a atenção de todos graças às configurações de peso para um console tão pequeno. Por mais que o PSP tivesse quebrado o estereótipo de que todo portátil é fraco, o NGP foi além e conseguiu fazer com que muita gente visse os sistemas de bolso como rivais do PlayStation 3 e Xbox 360.

A razão foi demonstração do potencial do aparelho durante a PlayStation Meeting 2011, que exibiu tudo o que o “PSP2” – como ficou conhecido antes do anúncio – era capaz de fazer. Só os vídeos e demos dos jogos fizeram com que fãs do mundo inteiro ansiassem pela chegada do sistema.
Confira a configuração do NGP:
  • Tamanho: 18,2 x 8,35 x 1,86 mm (largura/altura/espessura);
  • Câmeras: uma frontal e outra posterior;
  • Tela: OLED sensível a toques múltiplos de 5 polegadas, widescreen (16:9) e resolução de 960 x 544;
  • Controladores: direcional básico (D-pad), dois comandos analógicos e um touch pad sensível a múltiplos toques na parte traseira;
  • Sensores: sistema de detecção de movimento com seis eixos (giroscópio e acelerômetro) e bússola eletrônica de três eixos;
  • Conectividade: Wi-Fi 802.11b/g/n, 3G, Bluetooth 2.1
  • Gráficos: SGX543MP4+ (quad-core)
  • CPU:ARM Cortex-A9 core (quad-core)
Ao contrário da tecnologia revolucionária da Nintendo, a Sony optou por algo que ela já faz há algum tempo em seus consoles: trazer gráficos de ponta e jogos que explorem ao máximo o que o aparelho tem a oferecer. O resultado disso nós já vimos no PSP e no PlayStation 3, o que significa que queremos novamente reviver essa experiência. No evento de apresentação, por exemplo, vimos um vídeo do NGP rodando Metal Gear Solid 4 sem reduções na qualidade das texturas ou perda na geometria dos modelos.

Entretanto, apenas trazer uma configuração absurda para um portátil ia fazer com que a companhia simplesmente repetisse o feito de anos atrás durante o lançamento de seu portátil anterior. Sendo assim, ela decidiu adicionar novos recursos para expandir as possibilidades do novo console e torná-lo ainda mais atraente.
Sendo assim, além do visual fantástico dos games, o PSP2 possui uma tela de OLED sensível a toques múltiplos, o que deve trazer novas possibilidades à jogabilidade. Em alguns vídeos de demonstração, como na adaptação de Uncharted, vimos esse recurso sendo aplicado de maneira bastante intuitiva: bastava encostar em um ponto para que Drake caminhasse até lá.

Outra adição é o touch pad traseiro, que também servirá como alternativa ao controlador tradicional. Naquela mesma demonstração, o jogador utilizava o sensor traseiro para simular uma escalada, fazendo com que o personagem subisse por uma corda.
 
Como isso afeta o consumidor?

Embora seja complicado fazer uma previsão acerca disso, é possível tirar algumas conclusões com base em experiências passadas e comparando-as com as escolhas atuais das duas companhias. Perceba como as estratégias utilizadas por ambas as partes é bastante semelhante ao que já foi feito em lançamentos passados, o que nos ajuda a imaginar como será o mercado da nova geração.
Quando a Nintendo lançou o DS, por exemplo, o conceito de duas telas – sendo uma delas sensível ao toque – era simplesmente único. Ainda que seus gráficos fossem muito mais simples do que os de seu rival, ele conseguiu conquistar milhões de jogadores hardcores e casuais ao redor do mundo, seja pela proposta diferenciada ou por possuir títulos clássicos, como Mario e Zelda.
Já a Sony optou pelo mesmo caminho que adotou com o PSP2: potência máxima. O PSP tinha gráficos equivalentes ao PlayStation 2 – algo fantástico para a época – e uma jogabilidade bastante próxima dos consoles de mesa. Isso já demonstrava que ele era voltado para um público mais entusiasta, o que foi comprovado com títulos que seguiam a mesma linha – God of War e Metal Gear.
O resultado disso todos nós já sabemos: a Nintendo conseguiu emplacar o DS como o console mais vendido de todos os tempos, enquanto o PSP se manteve dentro do esperado, sem amargar um fracasso ou ser um sucesso de vendas. Mas o que isso tem a ver com os novos consoles?
Como dito anteriormente, as duas fabricantes adotaram as mesmas estratégias nesta geração. Isso significa que as chances de vermos a situação se repetir com 3DS e NGP são bastante grandes, afinal o efeito tridimensional passa muito mais a sensação de futurista do que uma configuração avançada.

Duvida? Então faça um teste: apresente à sua mãe todas as características do portátil da Sony. Diga que possui tela OLED sensível a toque, touch pad traseiro e que os gráficos são iguais ao do PlayStation 3. Em seguida, mostre uma imagem do 3DS e diga que a tela é em 3D e dispensa o uso de óculos. Se ela for viciada em tecnologia como você, é muito provável que ela opte pela Nintendo.
Apesar dos usuários mais hardcores começarem a criticar o potencial dos consoles da “Big N” – como já acontece com o DS –, é inegável que ela consegue fazer dessa simplicidade seu maior trunfo. A empresa sabe da importância dos jogadores casuais e, por isso, oferece tecnologias que conseguem chamar a atenção dessa fatia de mercado, algo que a Sony não consegue fazer com o mesmo impacto. Além disso, a presença de títulos mais sérios e clássicos, como The Legend of Zelda, serve para atrair quem também busca jogos adultos.
 
Imagens em 3D Diferencial ou exagero?

Mesmo que nenhum dos novos portáteis tenha sido oficialmente lançado, já é possível imaginar qual será o argumento que muita gente vai usar na hora de decidir qual comprar (ou discutir sobre qual o melhor console): o 3D.
Como todos já estamos cansados de saber, o console da Nintendo usará o efeito como grande diferencial, o que deve atrair muita gente curiosa para ver como funciona a nova tecnologia. Basta ver os vídeos promocionais e os trailers de jogos para perceber que o marketing da “Big N” está investindo pesado nesse aspecto.
Porém, quem acredita que a novidade vai estar presente apenas como enfeite de alguns jogos, saiba que a companhia já pensou além e prometeu oferecer também filmes e outras produções multimídia que utilizem o recurso de três dimensões. Por meio do chamado SpotPass, o proprietário do 3DS irá receber conteúdo de parceiros da Nintendo.
Já a Sony parece não dar a mesma importância para o mundo tridimensional – ao menos não nos portáteis. Contrariando várias previsões de que o novo aparelho também teria uma tela semelhante à da concorrente, a empresa deixou claro que não vê o recurso como essencial em uma plataforma de bolso.
Em uma entrevista recente, o presidente da divisão europeia da marca, Andrew House, deixou claro que foi cogitada a ideia de se incorporar o 3D no NGP, mas a proposta logo foi descartada. Segundo ele, a experiência de imersão oferecida pelo efeito é melhor em uma TV (algo que já é feito pelo PlayStation 3), pois é compartilhada. Já no portátil, isso fica restrito ao jogador, o que não gera a mesma sensação.

Recursos adicionaisPorque nem só de três dimensões vivem os consoles

Enquanto a rival demonstra o potencial de sua tela 3D, a Sony contra-ataca com os diversos recursos que seu novo console tem a oferecer. Além do já comentado poderio gráfico de dar inveja a plataformas de mesa, o NGP traz outros elementos para encantar os usuários.
Primeiramente, temos uma interface muito mais intuitiva e simples de acessar. Com o auxílio da tela multitouch, a pessoa pode simplesmente selecionar a opção desejada com um toque, como já é feito em vários celulares. Embora o 3DS também tenha algo semelhante, a do PSP2 nos parece muito mais acessível e prática.

Batizada de LiveArea, a evolução da XMB tradicional organizou todas as funções fundamentais de modo que não seja mais preciso perder alguns minutos procurando a opção desejada. Tudo está em forma de pequenos círculos na tela: câmera, navegador, jogos e demais recursos.
Além disso, temos uma integração ainda maior com a PSN – mais do que já havia com o PlayStation Portable. As áreas para amigos, troféus e a própria loja, por exemplo, foram divididas para agilizar a seleção. Até mesmo a conversa com seus colegas ficou facilitada, já que mandar mensagens deixou o martírio dos botões para adotar a simplicidade do teclado virtual.

O NGP também possui duas câmeras – uma na frente do console e outra na parte traseira –, algo que já era considerado básico para os portáteis da nova geração. Junto delas, há a bússola eletrônica que funciona junto do aplicativo “Near”, apresentando em um mapa se há algum NGP por perto e indicando onde está e quem é o usuário.
Outro ponto bastante positivo é que o PSP2 também contará com um sistema de troféus, assim como o PlayStation 3. Como essa funcionalidade estará ativada desde o lançamento do aparelho, todos os jogos lançados para ele já contarão com as conquistas a serem desbloqueadas, o que deve engrossar ainda mais a briga dentro da PSN por níveis.
 
A resposta da Nintendo

As grandes novidades em recursos adicionais que a “Big N” traz para seu novo sistema já foram apresentados em vários eventos realizados pelo mundo desde o anúncio oficial do 3DS, na última E3. No entanto, ainda que quase seis meses tenham se passado desde então, ainda conseguimos nos surpreender com o que o portátil é capaz de fazer.
Em poucas palavras, o novo aparelho deve funcionar como um “Wii de bolso”. Por mais que não tenha um sensor de movimento equivalente, o portátil traz vários elementos semelhantes. É o caso dos Miis, os avatares personalizados, que voltam a aparecer e até mesmo a protagonizar alguns jogos.
Uma das funcionalidades mais interessantes que o sucessor do DS é capaz de fazer são as fotos tridimensionais. Graças às duas câmeras posicionadas na parte externa do aparelho, o usuário pode fotografar e até mesmo filmar cenas em três dimensões. Embora a qualidade não seja nada excepcional – apenas 0,3 megapixels em cada lente, o que o impede de gravar um concorrente de “Avatar” no quintal de sua casa –, só a ideia de fazer imagens em 3D já é algo revolucionário.
Em relação ao sistema operacional, o grande ponto é a opção em português para que jogadores brasileiros tenham mais acesso a todos os recursos. Além disso, também sabemos que ele será multitarefas, ou seja, permitindo que você interrompa uma ação (ou um jogo) para abrir o bloco de notas ou fotografar algo.
Contudo, são nos elementos remotos que o Nintendo 3DS mais se destaca. Tanto o SpotPass quanto o StreetPass são recursos inéditos e que devem ampliar as possibilidades que o portátil tem a oferecer.

O primeiro, por exemplo, é o já comentado sistema de conectividade com parceiros da “Big N”, que devem disponibilizar material multimídia em 3D para o console enquanto ele estiver no modo descanso. Ainda que nenhuma empresa tenha sido oficialmente confirmada, acredita-se que Sky e Eurosport ofereçam suporte ao menos na Europa.
Já a Streetpass trata do tão comentado compartilhamento de dados entre Nintendos 3DS, algo já visto várias vezes em vídeos promocionais e trailers de jogos. De acordo com o que foi apresentado pela empresa, ele parece ser uma evolução do sistema wireless já existente na geração atual de portáteis, com a diferença de fazer essa troca de informações praticamente o tempo todo.
 
Conectividade As maravilhas de estar sempre online

Jogar online já não é nenhuma novidade. Tanto Nintendo DS quanto PSP já possuem essa conectividade em seus jogos, ampliando o horizonte de possibilidades em vários títulos. Entretanto, resta saber como será a evolução desse recurso na nova geração.
O 3DS aparentemente irá manter o padrão atual, ou seja, conexão apenas a redes Wi-Fi, enquanto o NGP também possui a opção de 3G. Mas, na prática, o que tudo isso significa?

Com esse elemento a mais, a Sony pretende fazer com que seu novo portátil esteja sempre online. A existência do aplicativo “Near” apenas comprova isso, já que é preciso estar conectado à PSN para que seu usuário seja identificado pelo GPS de outros jogadores. Além disso, como o portátil também possui suporte a troféus, essa conectividade vai ser essencial para enviar esses dados para sua conta.
O problema do 3G é que, assim como já acontece com celulares e tablets, o aparelho terá de passar por uma vistoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) antes de ser comercializado aqui no país, o que deve atrasar ainda mais a chegada às lojas. Outro ponto é o custo, já que será preciso aderir a um plano de internet móvel com operadoras, o que certamente deve pesar no bolso de muita gente. Por sorte, o NGP também contará com versões apenas com Wi-Fi.

A Nintendo, por outro lado, mantém apenas a conexão wireless que já existe no DS, o que significa que não teremos grandes avanços nesse quesito. Como isso significa que os jogadores só poderão estar online em determinados pontos, faz sentido a opção da empresa em não adotar um sistema de conquistas em seus jogos.
 
Jogando com amigos

Outro ponto que não deve sofrer alterações em ambas as partes é a forma com que você e seus amigos se conectarão para jogar um game em comum. Como já sabemos, o NGP utilizará a PSN, o que deve expandir a rede.
Com os mesmos nomes e amigos, ficará muito mais fácil chamar e adicionar pessoas para participar de alguma partida. O sistema de apelidos já demonstrou funcionar e não há motivo para alterar isso.

Já a Nintendo vai continuar insistindo nos Friend Codes, os códigos numéricos extensos e que quase ninguém consegue memorizar. Por mais que não sejam tão práticos quanto os nicknames, a “Big N” já informou que em vez de termos uma sequência para cada título (como acontece atualmente), os usuários terão apenas de adicionar a numeração do aparelho de seu amigo. Não é uma solução, mas ao menos já é alguma melhora.
 
A parte importante: jogos Clássicos e inéditos para cada um dos lados

 Ok, conhecer a configuração de cada portátil e saber quais são suas particularidades é muito importante na hora de hora de decidir por qual comprar, mas fundamental mesmo são os jogos que essas plataformas têm a oferecer. É aí que temos a grande diferenciação nesta nova geração.
Como você bem deve ter notado, a Nintendo segue com a mesma estratégia de sempre: uma tecnologia inovadora em seu console e títulos clássicos para atrair jogadores casuais, hardcore e saudosistas. Basta olha a lista de games anunciados até agora para perceber isso.
Confira alguns dos jogos anunciados para o Nintendo 3DS até agora:
Mas isso é ruim?  De um lado, não. Ao apostar por séries famosas ou remakes de jogos de sucesso, a “Big N” já disponibiliza seu novo portátil com uma vasta biblioteca de games que vai agradar os mais diferentes tipos de público. Isso permite que o aparelho já seja bem recebido em seu lançamento, o que cria uma base sólida para que os estúdios invistam em novas franquias.

Porém, é preciso lembrar que insistir sempre nos mesmos personagens cansa. Por mais que seja sempre divertido jogar um novo Super Mario Bros., é inegável que vermos as mesmas caras a cada novo lançamento da Nintendo não tem mais a mesma magia de antes, afinal chegou a ser previsível. Além disso, remakes também não são tão bons assim, principalmente quando já revisitamos aquela história outras vezes.
 
Um novo recomeço

A Sony, por outro lado, quer que o NGP seja o recomeço de sua história com portáteis. Além de ter abandonado o nome PSP, a empresa optou por trazer pouquíssimos títulos do PlayStation 3 – somente aqueles que ela considera como sucesso absoluto.
Confira os games do NGP confirmados durante a PlayStation Meeting 2011:
Como é possível perceber, apenas as séries exclusivas e que já possuem uma legião de fãs apareceram. Assim como no caso da Nintendo, a utilização de grandes nomes funciona como uma forma de atrair jogadores que já conhecem aquela franquia em outras plataformas.

Porém, ao contrário do que acontece com a concorrente, há poucas ofertas já conhecidas para o público casual. Por mais que você adore Uncharted ou Killzone, é muito difícil que eles atraiam quem procura diversão sem compromisso. É por isso que a Sony começou a investir também em títulos com essa proposta a fim de atingir essa parcela de mercado que a “Big N” conhece tão bem.
Por isso, espere encontrar jogos semelhantes àqueles de DS para os quais você tanto fez cara feia em seu potente NGP.
 
O grande malComo os dois portáteis pretendem acabar com a pirataria?

Mais do que simplesmente abrir uma nova geração, os portáteis da Sony e Nintendo vêm com uma missão muito complicada: conter a pirataria nos consoles de bolso. Tanto PSP quanto DS sofreram os intensos ataques de hackers, que conseguiram quebrar todas as barreiras impostas pelas fabricantes, o que resultou em enormes prejuízos para as desenvolvedoras.
A casa do Mario já deixou bem claro que o 3DS terá proteções o suficiente para que nenhum jogo pirata rode. A solução encontrada pela companhia é a constante atualização de firmware do aparelho, que deve acontecer remotamente e sem que o usuário tenha controle sobre isso. Essa medida serve para que a empresa sobreponha qualquer eventual modificação que a pessoa faça no sistema.
É claro que isso não impediu que vários usuários já começassem a lutar em prol da atividade ilegal. Tanto que já há relatos de hackers que conseguiram burlar as travas da Nintendo, o que seria o primeiro passo para a fabricação de novos flashcards.
Esses cartões de memória, para quem não sabe, substituem o cartucho do DS e permitem que o portátil rode games baixados da internet. Para evitar que eles sejam reaproveitados, a “Big N” já alterou o formato do cartão utilizado no 3DS, embora o espaço para retrocompatibilidade possa dar margem para isso.
A Sony, por outro lado, nada comentou sobre as proteções do NGP. Após ver o sistema do PlayStation 3 intocado por vários anos, a empresa sofre para conter  o avanço da pirataria em seus dois consoles. A estratégia de lançar novas atualizações de firmware com frequência deixou de ser eficaz e obrigou a companhia a repensar na situação para o PSP2 – e por conta disso, não comentou nada sobre o que está planejando. Contudo, podemos imaginar que a troca do UMD por um novo tipo de mídia também tem algum tipo de relação.
 
O último grande chefe O quanto esses dois brinquedos vão doer no meu bolso?

 Eis a pergunta fundamental sobre o lançamento do Nintendo 3DS e do NGP: o preço. Como todos sabemos, o custo de consoles no Brasil não é nada baixo, o que simplesmente dificulta a vida de quem quer ter todas as plataformas em sua casa.
O portátil da “Big N” já teve seu valor divulgado em US$ 250, o equivalente a cerca de R$ 416 no câmbio atual. Porém, as primeiras pré-vendas nacionais do aparelho já o colocam na casa dos quatro dígitos, comercializando-o a R$ 1019.
Com o NGP a situação é ainda mais complexa. Apesar de o valor não ter sido oficialmente divulgado, já podemos esperar um valor acima do que será cobrado em seu concorrente, já que a tecnologia empregada no aparelho vai elevar (e muito) o preço final. Para se ter uma ideia, a tela de OLED é um dos tipos de visores mais caros, o que certamente será repassado para o consumidor final.
 
Qual escolher?A difícil decisão

Após toda esta explicação sobre os prós e contras de cada portátil, fica a dúvida final: qual escolher? Se uma análise fria não o ajudou a tomar uma decisão, use todas estas informações para tentar alinhá-las ao seu perfil de jogador.
Caso você procure uma tecnologia revolucionária e jogos que vão do casual ao clássico, o Nintendo 3DS pode ser uma ótima opção. Ainda que seus gráficos fiquem abaixo de seu concorrente, as soluções encontradas pelos estúdios para contornar essa deficiência geralmente são inteligentes e divertidas. Basta olhar o que foi feito com o DS e imaginar como tudo aquilo ficaria com os novos recursos.

Já o NGP tem tudo para agradar os gamers mais hardcores. Se você é apaixonado por gráficos fantásticos e games com propostas mais próximas das oferecidas no PlayStation 3, tenha certeza de que encontrará neste portátil. Embora não traga nada inovador, o novo console consegue reaproveitar recursos já utilizados em outras plataformas para criar uma experiência única.
Por fim, veja qual cabe em seu bolso – não no sentido de tamanho, mas de preço. Como já falamos, é muito provável que os valores cobrados por cada um dos sistemas seja realmente alto, então veja aquele que mais o agrada e está dentro de suas condições para comprá-lo.

Comentem.

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